"Esta brincadeira ainda vive firme e forte em algumas aldeias indígenas, mas é pouco conhecida entre as crianças e adultos não indígenas. Vive forte mesmo, afinal, para brincar é preciso um bocado de força".
Os participantes se sentam no chão, em fila, um atrás do outro. O primeiro da fila deve agarrar-se a uma árvore ou poste. Ele é "o dono da roça de mandiocas". O segundo da fila entrelaça seus braços pela barriga do companheiro da frente, e assim sucessivamente até que todos estejam prontos para começar.
Um dos participantes, de preferência, forte, é designado para arrancar, uma a uma, as "crianças - mandiocas" da fila. O "dono da roça" dá a autorização para que as crianças mandiocas sejam, uma a uma, desgarradas da fila começando pela última. Antes de começar a brincadeira os participantes devem combinar, BEM claramente, se fazer cócegas, pedir ajuda a alguém de fora vai valer ou não.
"Entre as crianças Guaranis vale usar de várias estratégias para conseguir o feito, como, por exemplo, fazer cócegas, puxar pelas pernas, pedir ajuda para os que já saíram da fila".
Entre as crianças xavantes, fazer cócegas é impensável." |